

SOBRE AS FOTOS:
Para representar uma questão presente nas escolas do tempo da selfie tomamos a foto de crianças perfiladas em uma escola “militarizada” em texto publicado em 21.11.2022 na Carta capital de autoria de VICENTE ZATTI E EMILI PAIVA com o título de Por que a disciplina militar na escola não funciona. Disponível em https://www.cartacapital.com.br/blogs/blog-do-socio/por-que-a-disciplina-militar-na-escola-nao-funciona/. Acesso em 25/ 06/2023.
Representando a escola do passado apresentamos a foto da fachada do prédio do Grupo Escolar J. J. Seabra, em Feira de Santana inaugurado em 1916 disponível em:
http://www.feiradesantana.ba.gov.br/memorialdafeira/conteudo.asp?catimg=7#gallery7-12. Acesso em 09 de ago. de 2021.
Com este post nos despedimos do mês de maio e anunciamos o tema de nossa edição de junho. Também divulgamos novidades.
Sobre o tema em destaque na edição de junho
Em continuação à publicação, em 7 de maio, do post Os problemas da escola do tempo da selfie na Bahia, nossas postagens do mês de junho terão como tema central – A Escola: temas atuais e do passado. O objetivo é o de criar um espaço para registro e discussão da situação atual da educação em nosso estado, sem nos afastarmos do tratamento de aspectos e características que marcaram a situação das escolas da Bahia no passado. Com isso, justificamos a denominação atribuída ao nosso BLOG: MODOS DE FAZER EDUCAÇÃO NA BAHIA – no passado e no presente.
Para estimular a reflexão em torno das questões que ainda persistem em nossa escolas de hoje, trazemos gráficos sobre a escolaridade dos afrodescendentes na América Latina extraídos de:
Freire, German; Schwartz, Steven; Carbonari, Flávia.2022. Inclusão Afrodescendente na Educação: Uma Pauta Antirracista para a América Latina. Washington, DC: World Bank. Licença: Creative Commons Attribution CC BY 3.0 IGO.



Veja abaixo capa da publicação do Banco Mundial e link para acessar o PDF.

Acesse aqui o texto integral ESTUDO DO BANCO MUNDIAL SOBRE EDUCAÇÃO DOS AFRODESCENDENTES
Divulgando…
Texto, comemoração dos 40 anos da UNEB, exposição e lançamento de livro
Leia o texto sobre abandono do sistema educacional
Por que sete milhões de afrodescendentes abandonariam a escola primária?
É o texto que CECÍLIA MARTINEZ GOMEZ publicou em 23 de maio de 2023 no jornal EL PAÍS. Tomando por base estudo do Banco Mundial, Cecília registra:
Na América Latina existem 34 milhões de afrodescendentes em idade escolar. Sete milhões abandonarão o sistema educacional antes de terminar o ensino fundamental.
Veja parte do texto que CECÍLIA MARTINEZ GOMEZ publicou em 23 de maio de 2023 no jornal EL PAÍS
“Nos livros escolares, nunca houve crianças negras”, diz Gabrielle Márquez, uma estudante de 18 anos que admite ter se sentido sub-representada nos materiais escolares. Hoje ele estuda medicina, mas admite que muitas vezes “sentiu que não conseguiria” terminar os estudos.
Seu sentimento não é único. Na América Latina existem 34 milhões de afrodescendentes em idade escolar. No entanto, as estatísticas indicam que sete milhões deles abandonarão o sistema educacional antes de terminar o ensino fundamental, o dobro da média regional em comparação com seus pares não afrodescendentes.
“Os livros escolares são uma das muitas ferramentas pedagógicas que professores e alunos têm”, diz Germán Freire, especialista sênior em desenvolvimento humano do Banco Mundial e autor de um novo relatório. Os livros “permitem compreender o tipo de visões, preconceitos ou omissões que afetam a experiência escolar de crianças e adolescentes afrodescendentes”, explica.
O estudo Inclusão de afrodescendentes na educação do Banco Mundial dá continuidade a um exaustivo trabalho de pesquisa sobre populações afrodescendentes na América Latina realizado nos últimos anos e revela novos dados sobre a qualidade da educação e o retorno educacional dessa população. Além disso, aprofunda um dos possíveis motivos da exclusão – o racismo na educação – ao identificar a exclusão da educação como um dos principais fatores que aprofundam a crise educacional regional para a população negra.
Tudo isso é verificado em entrevistas com crianças e adolescentes afrodescendentes, que compartilham suas reações e contam em primeira mão suas experiências
LEIA AQUI O TEXTO COMPLETO https://elpais.com/america/termometro-social/2023-05-23/por-que-siete-millones-de-afrodescendientes-abandonarian-la-escuela-primaria.html
Participe das comemorações dos 40 anos da UNEB
A comemoração vai se estender durante mês de junho, nos vários campi e unidades da universidade
No próximo dia 1º de junho, a Universidade do Estado da Bahia (UNEB) vai completar 40 anos de muitas histórias, desafios e conquistas. Cada passo dado nessa trajetória é fruto de luta coletiva por uma educação superior pública, gratuita, democrática e inclusiva.
Para celebrar a data, a UNEB preparou uma extensa programação, gratuita e aberta a toda a comunidade, nos campi da capital e do interior, com eventos solenes, feira de serviços, além do São João beneficente.
A comemoração vai se estender durante mês de junho, nos vários campi e unidades da universidade
Para conhecer a programação acesse https://agenciadecomunicacao.uneb.br/uneb-comemora-40-anos-com-extensa-programacao-aberta-ao-publico/
Visite a exposição “Biblioteca Central do Estado da Bahia: 212 anos de memórias e histórias”

A Fundação Pedro Calmon (FPC), unidade vinculada à Secretaria Cultura do Estado da Bahia (SecultBa), celebrou na última quinta (18), o acordo de cooperação técnica com o Shopping Center Piedade. Consagrando a parceria foi inaugurada a exposição “Biblioteca Central do Estado da Bahia: 212 anos de memórias e histórias”, que segue aberta a visitações até 1 de julho.
Mais informação em: http://www.cultura.ba.gov.br/2023/05/21836/Fundacao-Pedro-Calmon-e-Shopping-Piedade-celebra-parceria-em-exposicao-de-212-anos-da-Biblioteca-Central-.html
Participe do lançamento do livro de autoria de LUIZ MOTT

SOBRE O LIVRO – A seguinte nota consta no site amazon.com.br onde o livro pode ser adquirido:
A incrível e pouco conhecida história de Rosa Egipicíaca ganha nova edição acrescida de informações inéditas sobre seus últimos dias de vida.
Em 1725, aportava no Brasil uma jovem de seis anos que fora escravizada e trazida à força da Costa de Uidá, Nigéria. Vendida na rua Direita, no Rio de Janeiro, foi batizada com o nome de Rosa e estuprada por seu comprador.
Passados oito anos, é obrigada a deixar a capital fluminense e seguir para Minas Gerais, numa freguesia próxima à vila de Mariana, onde serviria à família Durão. Lá, se prostituiu por quinze anos até ter os primeiros acessos diabólicos, sofrendo uma série de exorcismos. Em meio a essas sessões, deu-se sua conversão a uma vida voltada ao estudo e à devoção à doutrina católica. Daí por diante, sua rotina de visões místicas e manifestações dos sete espíritos que a possuíam só aumentava.
Trabalho primoroso de Luiz Mott, esta é a biografia de uma ex-escravizada negra que, em pleno Barroco brasileiro, chegou a ser considerada por alguns como “a maior santa do céu”. Figura ímpar de nossa história, foi também a primeira escritora negra do país, e sua vida espetacular serviu de inspiração para o samba-enredo da Escola de Samba Unidos da Viradouro de 2023
SOBRE O AUTOR
LUIZ MOTT nasceu em São Paulo, em 1946. Formou-se em ciências sociais pela USP. Mestre em etnologia pela Sorbonne e doutor em antropologia pela Unicamp, é professor titular aposentado do departamento de antropologia da UFBA. Além de antropólogo, historiador e pesquisador, é ativista dos direitos civis LGBT, tendo fundado o Grupo Gay da Bahia. Escreveu, entre outros livros, Piauí colonial (1985), O lesbianismo no Brasil (1987), Escravidão, homossexualidade e demonologia (1988), O sexo proibido (1989), Bahia: Inquisição e sociedade (2010).