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Foto no texto Memórias das Bibliotecas Públicas do Estado da Bahia. Publicado no site da Biblioteca Virtual Consuelo Pondé. Disponível em http://www.bvconsueloponde.ba.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=148
Exposição Escolar fev/ 2023
Na exposição fev/2023 intercalamos referências às características das “instituições de memória” da Bahia com lembranças construidas em uma trajetória de busca de fontes documentais empreendida pelo Grupo de Pesquisa em Educação e Currículo – GPEC, quando da execução de uma pesquisa sobre a escola primária, na Primeira República.
O Início da caminhada do GPEC
O Arquivo Público do Estado da Bahia – APEB

Prédio do APEB na Quinta do Tanque. Foto disponível em https://anotabahia.com/predio-do-arquivo-publico-da-bahia-vai-a-leilao/
Em duas visitas guiadas tomamos conhecimento da sistemática de guarda dos documentos, das normas de acesso e do tipo de fontes disponíveis na instituição. Apesar das visitas, nossos levantamentos não se iniciaram pelo APEB.
No início da pesquisa precisávamos conhecer o funcionamento das escolas e da administração da educação em nosso estado no período de 1889-1930.

Ladjane A. Sousa, pesquisadora do GPEC, no APEB
Para saber mais sobre o APEB
Acesse aqui o texto Memória do Arquivo Público do Estado da Bahia, 1890-1984 de autoria de Maria Teresa Navarro de Britto Matos e Rita de Cássia Santana de Carvalho Rosado https://revista.an.gov.br/index.php/revistaacervo/article/view/528/526
A busca por legislação escolar e relatórios
Bibliotecas Públicas – BPEB e AHMS

Capa de documento localizado na Biblioteca do AHMS
Partimos para a busca da legislação escolar e de relatórios de autoridades municipais e estaduais na Biblioteca do Arquivo Histórico Municipal e no Setor de Obras Raras e Valiosas da Biblioteca Pública do Estado da Bahia-BPEB. O resultado foi a descoberta do processo de municipalização do ensino primário, em Salvador, o que nos levou a inventariar os manuscritos do Arquivo Histórico Municipal de Salvador -AHMS.

Prédio da Biblioteca Pública na inauguração de sua primeira sede, em 1919, na Praça Tomé de Souza (Praça Municipal).
No Arquivo Histórico Municipal buscávamos informações sobre as escolas e seus professores. Nos setores de Obras Raras e Valiosas, Periódicos Raros e Documentação Baiana da Biblioteca Pública localizamos jornais, Diários Oficiais, livros didáticos e revistas que descreviam usos e costumes da sociedade baiana e aspectos pedagógicos das escolas.
Sobre essa trajetória, vejam áudio de Verônica de Jesus Brandão, uma das pesquisadoras do GPEC, autora da dissertação Práticas curriculares nas escolas públicas primárias – um estudo das teses apresentadas nas Conferências Pedagógicas em Salvador (1913-19). Verônica de Jesus Brandão
Para mais informaçoes acesse:
Sobre a BPEB, atualmente denominada de Biblioteca Central do Estado da Bahia, leia texto : https://albenisio.wordpress.com/2018/05/13/bibliotecapublica/ Ou acesse acervo http://acervo.fpc.ba.gov.br/pergamum/biblioteca/index.php
Sobre a Biblioteca do Arquivo Histórico Municipal de Salvador http://arquivohistorico.fgm.salvador.ba.gov.br/
Sobre o Arquivo Histórico Municipal de Salvador -AHMS http://www.arquivohistorico.salvador.ba.gov.br/acervos.html
O Centro de Documentação e Informação Cultural sobre a Bahia (Cedic-BA)
Paralelamente às buscas realizadas no APEB e na Biblioteca Pública, fizemos visitas ao CEDIC, ainda situado em Salvador.
Sobre o acervo, afirmou o professor Walter Fraga, doutor em História: “Seguramente é um dos maiores acervos de livros raros do Estado, reunindo publicações que remontam aos séculos XVIII e XIX”.
Ali levantamos entre outros documentos um livro de leitura escrito por Roberto Correia, um professor primário baiano da Primeira República. Veja no vídeo depoimento de Rosânia, a pesquisadora do GPEC mais interessada em localizar os livros de autoria do professor.
Rosânia N. Damasceno é autora do artigo sobre o livro de leitura de Roberto Correia publicado em O Ensino primário no município de Salvador 1896-1926, Salvador, EDUFBA, 2011.
SOBRE O CEDIC
Acesse https://www2.ufrb.edu.br/amedoc/index.php/acervo para conhecer o Acervo de Memória e Documentação Clemente Mariani (AMEDOC), nova denominação do CEDIC, após transferência para a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).
A busca por manuscritos sobre a Escola Normal da Bahia, seus alunos, professores e suas práticas no APEB
Em 2011, a busca por informação sobre as práticas na Escola Normal da Bahia, até então pouco produtiva, foi concentrada no Arquivo Público, nos Fundos: Secretaria de Educação, Secretaria de Educação e Saúde, Secretaria do Interior e Justiça e Obras Públicas. (Acesse aqui CATÁLOGO DE FONTES DOCUMENTAIS 1856 -2006 para ler ementários de documentos levantados na instituição).

Pesquisadoras do GPEC (Tiane, Jaqueline e Shirley) no páteo do prédio do Arquivo Público do Estado da Bahia em um intervalo do levantamento no ano de 2012
Nossos levantamentos complementares
Questões específicas relacionadas com os temas estudados ou o insucesso nas buscas exigiram levantamentos complementares em outros acervos da capital e do interior..
Biblioteca do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia

Foto rara do salão da biblioteca da Escola Normal localizada na Biblioteca do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia. Outros documentos raros e ” preciosos” também foram encontrados na instituição.
Sobre o IGHB
Acesse o site do IGHB https://www.ighb.org.br/ para conhecer a biblioteca, ou acesse
http://ighb.servclt.com.br/cgi-bin/wxis.exe?IsisScript=phl84.xis&cipar=phl84.cip&lang=po
Biblioteca do Instituto Feminino da Bahia
Fundada em 1923, abriga mais de 80 mil títulos de livros, periódicos, folhetos fotografias, cartões postais, vídeos e gravações sonoras. Para saber mais acesse https://institutofeminino.org.br/

Biblioteca do Instituto Feminino da Bahia. Foto disponível em https://www.vanezacomz.com.br/instituto-feminino-da-bahia-fundacao-henriqueta-catarino/

Foto antiga da Biblioteca do Instituto Feminino no Guia Geográfico – Salvador Turismo. Disponível em http://www.salvador-turismo.com/politeama/instituto-feminino.htm
Biblioteca Manoel Querino
Possui títulos e obras especializadas em história da Bahia, antropologia, arquitetura, urbanismo, arte, artesanato e sociologia. Para mais informações, acesse o CEDOM -IPAC http://www.ipac.ba.gov.br/centro-de-documentacao-e-memoria
Biblioteca do Mosteiro de São Bento
A Biblioteca do Mosteiro de São Bento da Bahia, fundada em 1582, reúne um acervo bibliográfico considerável. Para saber mais acesse: http://bib.saobento.org/pergamum/biblioteca/index.php ou o vídeo sobre as 60 obras raras (https://youtu.be/ANSsgJyAlKQ)
Empresa Gráfica da Bahia, antiga Imprensa Oficial
Visita empreendida nos rastros dos indícios encontrados em páginas do Diário Oficial que indicavam a comercialização pelo órgão dos programas impressos da antiga Escola Normal da Bahia. Acesse http://www.egba.ba.gov.br/
Biblioteca Anísio Teixeira na Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia.
Acessada para localização de textos e livros de Alípio Franca, dissertações e teses sobre a Escola Normal e constantes consultas no seu catálogo on line. Link para acessar Website: https://faced.ufba.br/biblioteca
Biblioteca do Fórum Ruy Barbosa
Denominada de Biblioteca Cons. Manoel da Cunha Lopes e Vasconcellos (Biblioteca Fórum Ruy Barbosa) foi visitada para complementar levantamento sobre a legislação escolar.
Museu Tempostal
Visitado em busca de imagens e cartões postais representativos da Bahia antiga para auxiliar a compreensão do contexto geográfico e histórico cultural do período pesquisado pelo GPEC. Acesse aqui Folder Institucional do Museu Tempostal
Acervos fora da capital
Caetité
Arquivo público e biblioteca da Escola Normal (atual IEAT)

Capa da Revista de Ensino da Escola Normal de Caetité, do ano de 1927. Localizada na Biblioteca do IEAT (antiga Escola Normal)
O Arquivo Público Municipal de Caetité e a Biblioteca do Instituto de Educação Anísio Teixeira -IEAT (antiga Escola Normal) surpreenderam os pesquiadores pela organização, preservação e guarda de documentos de interesse para a história da educação, local, regional e da Bahia.
Cachoeira e São Félix
Visita a escolas, arquivo público e biblioteca municipal.

Página da ata de inauguração do prédio da Escola Montezuma. Foto por Cândida Monteira e Tiane Melo, em 2014.
Morro do Chapéu
Arquivos privados, biblioteca e Câmara Municipal
O interesse da pesquisadora Cândida Monteiro no estudo do Grupo Escolar Coronel Dias Coelho cuja construção foi aprovada em 1916 em ata do Conselho Municipal de Morro do Chapéu estimulou visitas a vários acervos do Município. Foram visitados em Morro do Chapéu: Câmara Municipal de Morro do Chapéu; Colégio Nossa Senhora das Graças (funcionando no prédio do antigo Grupo Escolar); Centro Cultural e Biblioteca Judith Arlêgo; Escola Estadual Teotônio Marques Dourado; Jornal Correio do Sertão; Secretaria de Cultura.

Capa de caixa -arquivo do Jornal Correio do Sertão do ano de 1917 . Foto por Cândida Monteiro, em 2012.

Capa de Livro de Atas fotografado na Câmara Municipal de Morro do Chapéu por Cândida Monteiro com informações sobre criação de grupo escolar

Página do Livro de Matrícula da Escola Dias Coelho no período de 1939-1941.
A monografia que resultou das buscas de Cândida Monteiro pode se acessada através do link Educação e modernidade urbana em Morro de Chapéu na Primeira República. Salvador-UNEB, 2013. Cândida P dos S Monteiro
Os problemas encontrados
São várias as queixas dos pesquisadores que utilizam os acervos de nossas instituiçoes de memória. Muitos dos problemas existentes são recorrentes.
Na trajetória de visitas do GPEC pudemos perceber:
Em instituições centenárias:
Elevadores que não funcionavam, sanitários interditados, espaços que não podiam ser acessados.
Inexistência de catálogos ( on-line ou em formato impresso) contribuindo para retardar a finalização dos levantamentos.
Problemas com a preservação do material dificultando o manuseio ou impedindo o acesso aos documentos
Quanto às escolas
Não existe uma sistemática de organização e guarda da documentação pedagógica nas escolas.
Escolas “icones”, como o ICEIA (antiga Escola Normal) e a Escola Getúlio Vargas, não preservaram documentos e materiais que contam a sua história;
As secretarias de educação não estimulam nas escolas uma cultura de arquivar e preservar documentos e materiais escolares.
Na construção e na instalação das escolas não há previsão de espaço físico e de recursos humanos destinados aos serviços de preservação e guarda da documentação escolar.
A formação dos profissionais da educação não contempla questões relativas à documentação pedagógica.
Quanto aos órgãos regionais da administração da educação estadual
A preservação da documentação pedagógica e administrativa das escolas extintas não é uma prioridade nos órgãos regionais da administração estadual da educação.
E AS SOLUÇÕES?
Reafirmamos que a solução passa pela criação de políticas públicas construidas com base em diagnósticos que envolvam a participação dos diversos tipos de usuários, de profissionais atuantes nos centros de guarda e de outros profissionais que possam contribuir para o empreendimento. Passa, também, pela garantia de uma permanente oferta de recursos de diversas ordens que garantam a efetivação e o aperfeiçoamento das políticas.
Finalizando a exposição, a fala de Natalli Soeiro reforçando a importância dos “centros de memória” e indicando alguns problemas.
Natalli, participou como membro do GPEC dos levantamentos realizados em nossos “centros de memória”
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CRÉDITOS DA EXPOSIÇÃO
A responsabilidade da edição desta exposição é das editoras do Blog Modos de Fazer Educação que selecionaram imagens e redigiram os texto explicativos.
ACESSE LINK PARA LER, TAMBÉM:
O texto-provocação fev./2023 –https://modosdefazer.org/por-politicas-publicas-de-valorizacao-de-nossas-instituicoes-de-memoria/
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