Leia o Texto – Provocação agosto 2023

EM DESTAQUE: Foto do livro de autoria da professora Dilza Atta Educação na Bahia na Gestão Luiz Navarro de Britto, uma publicação da Edufba que se encontra disponível para venda em www. amazon.com.br.

Trata-se de obra que tem muito a ver com o tema da edição do mês de agosto considerando que Navarro de Britto foi o responsável por incluir a Bahia no programa federal que viabilizou a construção dos prédios das escolas polivalentes e o treinamento dos recursos humanos necessários para a sua implantação.

Um lembrete:

Como anunciamos em postagem anterior, estamos retomando no mês de agosto a série MODELOS DE PRÉDIO/MODELOS DE ESCOLAS. Pretendemos evidenciar a relação entre arquitetura escolar e os modelos pedagógicos que conformam o modo de conceber a educação, o currículo e as práticas de gestão administrativa e de ensino e aprendizagem.

A série foi iniciada em setembro de 2021 com a exposição Grupos escolares  disponível no link ( https://modosdefazer.org/11304-2/)  e o Texto-provocação Grupos Escolares um modelo de escola primária ainda carente de estudos na Bahia (https://modosdefazer.org/2021/09/19/9720/ )

Nesse mês de agosto damos continuidade à publicação da série apresentando:

  • a Exposição Escolar – Escolas Polivalentes um modelo de prédio e de escola da década de 70
  • e o texto – provocação – Alguns aspectos da oferta do ensino secundário na Bahia entre as décadas de 40 e 60 do século XX.

Leia o Texto – Provocação

Alguns aspectos da oferta do ensino secundário na Bahia entre as décadas de 40 e 60 do século XX

Para melhor compreensão da relevância dos cerca de 40 colégios polivalentes criados na Bahia entre os anos de 1972 e 1974, é necessário conhecer algumas características da oferta de ensino secundário ( denominação decorrente da lei orgânica promulgada no Brasil, em 1942.) ou do ensino médio, conforme denominação introduzida através da Lei No 4.024, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1961.

Durante muitos anos do século XX a Bahia padeceu de uma deficiente oferta de oportunidades de acesso ao ensino secundário ou médio.

Em seu estudo sobre os polivalentes Alda Quintino dos Santos (2010) publicou dados que evidenciam a concentração, em Salvador, dos Ginásios e dos Colégios (estabelecimentos aptos a ministrar os dois ciclos do ensino secundário – ginasial e mais os cursos clássico e científico)

Ginásios e Colégios existentes na Bahia em 1945

Quadros extraídos de SANTOS, Alda Quintino . O ENSINO MÉDIO NA BAHIA E OS GINÁSIOS/ESCOLASPOLIVALENTES: a iniciação para o trabalho. 2010. Dissertação (MESTRADO EM EDUCAÇÃO E CONTEMPORANEIDADE). PROGRAMA DE PÓS–GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO E CONTEMPORANEIDADE. UNEB, SALVADOR, 2010.

Dados relativos ao ano de 1952 revelam a predominância do atendimento via estabelecimentos particulares, como resultado da permanência da estratégia de subvenção emergencial criada, em 1948, para favorecer o ingresso de alunos que não podiam arcar com os custos em escolas privadas.

Fonte: IBGE. Estatísticas do século XX.   Disponível em:               <http://www.ibge.gov.br/seculoxx/arquivos_pdf/educacao.shtm> . Acesso em 04/08/2009

O Serviço de Estatística da Educação e Cultura utilizando tabela extraída do Anuário Estatístico do Brasil do ano de 1961, publicado pelo IBGE, informa que dos 194 municípios existentes na Bahia, em 30/06 / 1961, um total de 77 possuiam somente estabelecimentos com curso ginasial; apenas 8 tinham oferta de curso ginasial e colegial e 103 não possuiam estabelecimento de ensino médio.

No fim da década de 60 ocorre na Bahia um importante movimento de planejamento educacional que resulta no Plano Integral de Educação publicado em 1969. Sobre esse movimento Alda Quintino dos Santos (2010) afirma, na página 66 de sua dissertação:

Vale dizer que o Plano Integral de Educação (PIE) fundamentado nos estudos de polarização estabeleceu metas com base em um amplo diagnóstico. Segundo dados constantes desse a matrícula do ensino médio, na Bahia, à época, representava apenas 28% da população estimada de 12 a 19 anos, na zona urbana, fato que denotava a precariedade de atendimento existente no Estado. Outro aspecto que demonstrava também a precariedade de atendimento no ensino médio era a distribuição da matricula por regiões fisiográficas […].

De acordo com os estudos que apoiaram a elaboração do referido Plano, o Recôncavo, Feira de Santana, e outras regiões apresentavam um maior número de matrículas, enquanto que no Sertão do São Francisco, Chapada Diamantina e Extremo Sul do Estado era bem menor o número de alunos no ensino médio.

A desigual distribuição regional da oferta de ensino médio (ginasial e colegial), o pequeno número de matrículas, a concentração dos estabelecimentos na capital e a predominância do ensino particular observados ainda no início da década de 70 são informações que contribuem para a compreender a relevância dos 40 colégios polivalentes criados entre 1972 e 1974 em nosso estado e a importância da Exposição Escolar – As escolas polivalentes: um modelo de prédio e de escola da década de 70, na Bahia

A exposição escolar se encontra em elaboração e estará no ar em breve. Aguardamos a sua visita. Enquanto espera a publicação da exposição, acesse o link para ver em que municípios do estado foram criadas escolas polivalentes. https://acrobat.adobe.com/link/review?uri=urn%3Aaaid%3Ascds%3AUS%3Afabe4b35-b9c6-4243-9faf-ff682f099cb3

 

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