Três normalistas da família Brandão no ICEIA (1959-1980)
A imagem em destaque na abertura desta página é emblemática na vida das professorandas. Ela retrata o momento em que a estágiária Maria de Fátima Brandão e seus alunos posam para uma foto no último dia do estágio a que estavam obrigados os que adentravam o curso normal com o objetivo de se tornar professsor ou pofessora. A alegre balbúrdia aparente dos alunos e o sorriso da professoranda não nos deixa perceber como transcorreu a relação entre eles durante todo o período do estágio. Fotos desse tipo retratando momentos e eventos da formação na antiga Escola Normal e no ICEIA podem estar esquecidas em baús de lembranças e precisam ser resgatadas para contar a história “por dentro”, o cotidiano dessa instituição escolar .
Maria de Fátima articulou com irmãs e amigos, mobilizou a família, resgatou memórias e fotos e nos brinda na exposição do mês de agosto/ 2021 com a história de três irmãs que passaram pelo ICEIA entre 1959 e 1980.
Entre, visite a exposição de agosto 2021 e registre abaixo as suas impressões
Maria da Glória Brandão, “normalista” do ICEIA em 1967

A professoranda Maria da Glória Brandão com aluno do jardim de infância da Getúlio Vargas, anexa à Escola Normal, que funcionava como espaço de aprendizagem das práticas de ensino.
Maria da Glória entrou no ICEIA, em 1959, como aluna do curso de Ginásio.
Fonte: Fotos do acervo das irmãs Brandão

A foto mostra a professora da classe e a estagiária Maria da Glória Brandão no ano de 1967
Fonte: Fotos do acervo da família Brandão
Sobre a foto, a professora Maria da Glória escreveu:
A turma era terceira série. Era uma escola estadual, Antonio Muniz, hoje uma escola extinta , ficava na Ladeira do Paiva no bairro de Caixa D’Agua. A professora de metologia ia frequentemente na escola, assistia a aula e analisava o plano de aula .

A foto mostra o Teatro do ICEIA lotado com formandos e uma platéia constituída por familiares e convidados. As normalistas vestem becas brancas um traje tradicionalmente usado nas formaturas do Instituto.
Fonte: Fotos do Acervo das irmãs Brandão
Formatura do ano 1967, aproximadamente 1000 pessoas no Teatro do ICEIA que tinha 1500 lugares, quase todos tomados por estudantes aguardando colação de grau, dentre os quais a minha irma Maria da Glória Brandão que era uma das formandas.
Baile de formatura no ano de 1967
Da esquerda para a direita – Maria das Graças Barradas, a segunda Maria da Penha Bonfim, Maria da Gloria Brandão e Maria das Graças Marinho. O baile foi no Clube Português.
Fonte: Fotos do acervo da família Brandão

DEPOIMENTO DE MARIA DA GLÓRIA BRANDÃO DE SANTANA, EM AGOSTO 2021
Concluído o curso pedagógico em 1967, fui selecionada para um curso de especialização promovido pela Secretaria de Educação da Ba e UFBA a nível de estudos adicionais. Havia aprendido o código braile na sala de recursos para deficientes visuais que funcionava no ICEIA, com professores especializados da Secretaria de Educação. Atuei como voluntária no turno oposto às minhas atividades escolares. Fui da mesma classe de uma estudante deficiente visual e me interessei pelo código Braille. (Trecho do depoimento)
Maria de Fátima Brandão, “normalista” do ICEIA, em 1971

Maria de Fátima Brandão em estágio realizado no ano de 1971.
Fonte: Fotos do acervo da família Brandão

ÚLTIMO DIA DE ESTÁGIO
A normalista declara:
Último dia do estágio , que alívio… a sensação de dever cumprido.
[E continua] A Escola Artur Ferreira Machado, ficava no fundo da Paróquia de Nazaré, Praça Conselheiro Almeida Couto 134, Nazaré, hoje extinta. Era uma escola conveniada com a igreja, a escola era bem pequena , adaptada e sem estrutura para ser um prédio escolar. Se não me falha a memória tinha quatro salas. A sala de aula em que eu estagiava era pequena. Devia ter uns 26 alunos, carteira dupla como pode ser observado na foto ao lado. Recordo-me de poucas vezes receber orientações da professora da classe, recebia uma vez por semana a visita da professora de metodologia do ICEIA.
Maria de Fátima Brandão e alunos em seu último dia de estágio na Escola Artur Ferreira Machado.
Fonte: Fotos do acervo da família Brandão
Maria Aparecida Brandão, “normalista” do ICEIA, em 1980

Formandas do ano de 1980 com seus vestidos que evidenciam o rompimento de uma tradição
Fonte: Fotos do acervo da família Brandão
A foto das formandas do ano de 1980 evidencia que a tradição do uso das “becas” havia sido rompida.
A formatura foi no auditório do ICEIA e o Baile no Clube Português, a roupa foi a mesma para os dois eventos. Na foto acima, da esquerda pra direita a primeira é Marilene, a segunda não lembro o nome, a terceira Mônica e a quarta Maria Aparecida, minha irmã.(Fátima Brandão, 2021)
Em um áudio a professora Mônica de Oliveira Bonfim, que está na foto acima, traz suas lembranças sobre ser aluna do ICEIA nos últimos anos da década 1970.
Acesse aqui Depoimento da professora Mônica de Oliveira Bomfim
Ou use o ícone abaixo

Estagiárias no ano de 1980
Ao meio Maria Aparecida Brandão que fez estágio da Escola Municipal Grêmio de São Joaquim,hoje extinta, situada no São José de baixo Barbalho.
Ao lado esquerdo Maria de Fátima e ao lado direto Mônica (do depoimento em áudio) que estagiaram no colégio Roberto Santos, no bairro do Cabula.
Fonte: Fotos do acervo da família Brandão
E, em 1983… a família Brandão ainda está presente no ICEIA

Cibele, Eduardo e Tatiana, sobrinhos de Maria de Fátima, no ano de 1983, em dia de formatura no Jardim Infantil da Escola Getúlio Vargas, campo de estágio das normalistas do ICEIA.
Fonte: Fotos do acervo da família Brandão
Em 2011-2013, Fátima (então Maria de Fátima Brandão de Jesus) volta ao seu local de formação inicial – o ICEIA
Fátima concluiu seu curso de professora, em 1971, com direito a colação de grau no teatro do ICEIA e baile de formatura na Associação Atlética da Bahia. Ingressou no ensino superior obtendo o diploma de Estatística. Como profissional de nível superior desenvolveu atividades de assessoria técnica na Secretaria Municipal de Educação de Salvador e na Uneb. Em 2011 inicia o curso de mestrado profissional na Universidade do Estado da Bahia – UNEB, no PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO E TECNOLOGIAS APLICADAS A EDUCAÇÃO-GESTEC.
Para obtenção do título de mestre, o curso exigia a realização de uma pesquisa aplicada e a elaboração de um relatório técnico. Fátima então volta ao seu local de formação inicial, quando escolhe o ICEIA como campo de pesquisa. Para executar o seu projeto de investigação desenvolve várias atividades.
Localiza textos sobre o ICEIA e sua história, entre eles:
A escola Normal da província da Bahia (Acesse aqui)
Documento de referência do Curso Normal médio (Acesse aqui)
Faz pesquisas nos arquivos da instituição e analisa dados estatísticos consolidados em tabelas como a que incluiu no texto ICEIA Ontem e Hoje e que está reproduzida abaixo.

Página do texto ICEIA Ontem e Hoje de autoria de Maria de Fátima Brandão de Jesus
Fonte: Maria de Fátima Brandão de Jesus. ICEIA, Ontem e Hoje,2013
Além das atividades relacionadas com o seu projeto, envolve-se com a comunidade de alunos e professores e participa ativamente da comemoração dos 177 anos do ICEIA, em 2013, e do I Seminário de Educação CEEP Isaías Alves Educação: Cenários e Atores.

Veja aqui RELATÓRIO DO SEMINÁRIO CEEP ICEIA
A conclusão do curso de mestrado, em 2013


Em 2013, Maria de Fátima defende em uma banca constituída por três professores universitários o relatório final da pesquisa realizada no ICEIA cuja aprovação permitiu que a UNEB lhe conferisse o título de Mestre em Educação. Por trás de sua pesquisa estava a intenção de implantar no ICEIA o “Observatório da Vida Escolar do Aluno“, experiência então considerada exitosa em outro estado do país.
Acesse aqui o texto completo do Relatório Técnico apresentado por Fátima como requisito para conclusão do seu curso de mestrado.
A presente exposição é fruto das articulações realizadas por Maria de Fátima de Brandão Jesus que estimulou membros de sua família e amiga a expressar recordações das vivências no ICEIA, instituição sempre lembrada com “a Escola Normal”.
As editoras do Blog Modos de Fazer Educação na Bahia – no presente e no passado agradecem a Fátima por sua importante colaboração no resgate das memórias da Escola Normal e do ICEIA.
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ACESSE AQUI O TEXTO PROVOCAÇÃO DO MÊS DE AGOSTO 2021 – Recordações da minha trajetória de “normalista” do ICEIA
VISITE TAMBÉM A SEÇÃO Memórias da Escola Normal ao ICEIA (1836-2018)
CRÉDITOS
COLETA DE DEPOIMENTOS, RECOLHA, SELEÇÃO E DISPONIBILIZAÇÃO DAS IMAGENS : MARIA DE FÁTIMA BRANDÃO DE JESUS
FONTE DAS IMAGENS E TEXTOS: ACERVO DA FAMÍLIA BRANDÃO
EDIÇÃO: EDITORAS DO BLOG MODOS DE FAZER EDUCAÇÃO NA BAHIA
Sobre nossa colaboradora:
Maria de Fátima Brandão de Jesus é graduada em Estatística pela Escola Superior De Estatística da Bahia e mestra pela Universidade do Estado da Bahia. Tem especialização em Consultoria em Educação para o Trabalho e em Especialização em Metodologia do Ensino Superior. Foi bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia-FAPESB. Atuou por vários anos na Secretaria Municipal de Educação de Salvador onde exerceu atividades de assessoramento técnico e coordenou projetos e atividades entre eles o Projeto Qualidade da Educação Básica e Avaliação de Rede. Também realizou atividades de assessoramento no Programa de Pós graduação em Educação e Contemporaniedade-PPGEduc da UNEB e prestou consultoria em projetos de análises de dados da área de educação de diversas instituições que resultaram na publicação de textos.
Entre 2011 e 2013 realizou pesquisa no ICEIA cujo relatório pode ser acessado no Repositório da UNEB e aqui nesse blog com um clique no link TEXTOS SOBRE A EN, O ICEIA E OUTRAS ESCOLAS NORMAIS DA BAHIA.
Link para acessar o currículo de Fátima no CNPQ : http://lattes.cnpq.br/8382065136606011
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