13 de maio, 88 anos do CMEI Baronesa de Sauipe.

Em destaque: Foto de alunos da Escola Baronesa de Sauipe, vendo-se a Professora Angelina Assis, diretora da escola, acompanhando o grupo.

Fonte: Arquivo do CMEI Baronesa de Sauipe

A homenagem de uma professora.

Fotos, depoimentos, documentos localizados no Arquivo Público do Estado da Bahia e na Hemeroteca da Biblioteca Nacional foram reunidos por Verônica de Jesus Brandão, professora da instituição, para relembrar momentos da escola e comemorar o seu aniversário de 88 anos.

As editoras do Blog se juntam a Verônica e parabenizam a Baronesa.

Escola Baronesa de Sauipe: 1935-2023

Foto da fachada principal do Jardim de Infância Baronesa de Sauipe publicada em fevereiro de 1954, na Revista do Professor (órgão do Centro do Professorado Paulista), São Paulo, Ano XII, N.19, p.34.

Localizada no site da Biblioteca Nacional, disponível em: http://memoria.bn.br/docreader/DocReader.aspx?bib=145335&pagfis=1445.

Na página 34, o professor Sá Teles, então correspondente da Revista, relata que a rede escolar pré-primária de Salvador estava constituída de alguns jardins de infância, dentre os quais destacava-se o Jardim de infância Baronesa de Sauipe, dirigido por Angelina de Assis.

No Arquivo Público do Estado da Bahia, pedaços da história da Escola Baronesa de Sauipe

No APEB foi encontrado o projeto 245 de construção do prédio escolar Baronesa de Sauipe. Datado do ano de 1929, o projeto está constituído de um documento com descrição da obra e de cópias de plantas. Não foram localizadas informações que confirmem o uso do projeto na construção do prédio da escola. Porém, a foto da fachada da escola anteriormente apresentada guarda semelhanças com a planta que se encontra abaixo.

Trecho do documento descritivo da obra de construção do prédio escolar da Escola Baronesa de Sauipe datado de 1929, localizado no Arquivo Público do Estado da Bahia – APEB

Planta da fachada principal do prédio da Escola Baronesa de Sauipe anexa ao projeto 245, datado de 1929, localizado no Arquivo Público do Estado da Bahia

Os modos de fazer na escola Baronesa de Sauipe em texto de Elizete Silva Passos

As turmas eram divididas por cores: sala verde, a primeira; amarela, lilás, rosa, azul. O professor só assumia uma classe após um ano de observação da professora efetiva, período em que se procurava conhecer seu perfil, a forma como tratava as crianças, sua competência teórica e como ele lidava com a transmissão do conhecimento. A orientação básica consistia em colocar o aluno como centro do processo, ciente de que já havia passado a época em que o professor ensinava e o aluno aprendia, e o momento era de levar o aluno a fazer, tendo o professor à frente: carinhoso, atencioso, presente em todos os momentos e situações. As crianças aprendiam fazendo e observando o professor, as pessoas e a natureza. Observavam o desenvolver de uma planta e de um animal, participavam de experiências e de encenações e dramatizações, visando seu desenvolvimento integral: linguagem, acuidade visual, motora e intelectual. As professoras trabalhavam de maneira integrada e procuravam ensinar aos alunos de forma concreta: as noções de Matemática eram dadas, usando-se objetos como flores, grãos, sementes etc.; o mesmo se fazia com as demais informações de Português, Estudos Sociais e Ciências.

A gente colocava papel à vontade, tinta, massa de modelagem que a gente mesmo fabricava e todo esse material ficava à disposição das crianças e elas faziam como queriam a gente nunca fez um desenho para dizer assim, agora vão cobrir, não, a gente estimulava a criatividade, a espontaneidade…

(Depoimentos de professores no texto ANGELINA DE ASSIS E A EDUCAÇÃO INFANTIL NA BAHIA de autoria de Elizete Silva Passos publicado na Revista da FAEEBA – Educação e Contemporaneidade, Salvador, v. 18, n. 31, p. 183-193, jan./jun. 2009)

Os modos de fazer na escola Baronesa de Sauípe em depoimento de Professor Francisco de Sá Teles.

[…] ” a gentinha de quatro a seis anos” aprendia fazendo desenhos, recortes, pintura , colagem, modelagem, trabalhos em madeira, música, bandinha rítmica, dramatização, teatrinho de sombras, de fantoches, máscaras etc.

Depoimento prestado como correspondente da Revista do Professor do Centro do Professorado Paulista registrado na página 34 do número 19 de fevereiro de 1954.

A professora Plautila Neves, gestora do CMEI Baronesa de Sauipe conta um pouco da história da instituição

O Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Baronesa de Sauipe foi fundado, em 13 de maio de 1935. Durante os 88 anos de existência tem propiciado de muitas memórias e recordações afetivas para aqueles que o conhece.

Sempre atendendo a infância, reconhecida pelo trabalho desenvolvido e com uma procura gigantesca, em 1967, a escola já passou por um processo de reconstrução saindo de contexto de duas salas para um ambiente moderno e confortável, composto por cinco salas de aula, bastante conhecidas por suas cores (rosa, amarela, azul, verde e lilás). Até o ano de 2021, pudemos vivenciar essa estrutura e reafirmamos junto à comunidade a essência de nossa Baronesa – favorecer para nossas crianças um ambiente de interação e respeito, repleto de aventuras, descobertas, desafios e muitas aprendizagens.

De dezembro de 2021 até os dias atuais, na gestão do Prefeito Bruno Reis,  nosso CMEI está passando por um processo de reconstrução.  Enquanto aguardamos o findar da obra, permanecemos atendendo temporariamente a comunidade, no Espaço na Igreja Batista, na Rua Rafael Uchôa – Massaranduba. Nesse ambiente provisório e acolhido por toda a comunidade, fortalecemos conjuntamente os nossos ideais e convicções. Buscamos manter os nomes das turmas com as cores do nosso saudoso espaço; carregamos na marca do nosso trabalho em equipe o construir de forma conjunta: um ambiente saudável e brincável que potencialize o vivenciar, o atuar, o trocar, o ceder, o descobrir e o humanizar.

Através de muitos relatos das pessoas que conhecem e puderam fazer parte desse espaço, é perceptível que o CMEI Baronesa de Sauipe ainda hoje é uma escola de grande importância no âmbito da educação infantil, tanto por sua história, quanto pelo respeito que adquiriu junto à sua comunidade.

Em maio são 88 anos de Baronesa de Sauipe!!!

Em maio, vamos parabenizar! Vibremos juntos por essa escola, que faz parte da história da comunidade!!!

Depoimento da Diretora cedido à professora Verônica

Para saber mais…

Veja notícia

Mostra de Arte destaca a história do Cmei Baronesa de Sauipe e expõe produção de alunos

Notícia publicada no site da Secretaria de Educação da Prefeitura Municipal de Salvador (http://educacao3.salvador.ba.gov.br/). Texto de autoria do jornalismo da instituição, disponível em http://educacao3.salvador.ba.gov.br/mostra-de-arte-destaca-a-historia-do-cmei-baronesa-de-sauipe-e-expoe-producao-de-alunos/. Acesso em 10/05/2023.

31 de maio de 2019 – Jornalismo

“Por entre histórias e memórias” foi o tema da 10ª Mostra de Arte do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Baronesa de Sauipe, localizado na Cidade Baixa (GRE Liberdade/Cidade Baixa), realizada nesta semana. O evento retratou a história da unidade escolar, que existe há 84 anos, e os trabalhos de artes dos alunos que estudaram as diversas vertentes das artes plásticas, a exemplo do expressionismo abstrato de Jackson Pollock, do modernismo de Tarsila do Amaral e do neo-realismo de Cândido Portinari.

Segundo a diretora Plautila Souza Neves, essa mostra foi construída por meio de pesquisas em sala de aula, que resultaram no resgate histórico da trajetória do Cmei, através de relatos e fotografias.

Para ver o texto na íntegra acesse http://educacao3.salvador.ba.gov.br/mostra-de-arte-destaca-a-historia-do-cmei-baronesa-de-sauipe-e-expoe-producao-de-alunos/

Leia artigo

ANGELINA DE ASSIS E A EDUCAÇÃO INFANTIL NA BAHIA

Elizete Silva Passos

Angelina da Rocha de Assis, assim como a maioria das educadoras de seu tempo, imprimiu em seu fazer pedagógico as marcas da moral cristã e atuava com firmeza, determinação e austeridade, sem deixar de ser solidária, bondosa e companheira. Dedicou-se à educação pré-escolar, numa época em que o ingresso oficial deveria acontecer a partir dos 7 anos de idade, visando despertar na criança o gosto e a curiosidade pela leitura e pela escrita. Conferiu ao lazer e ao lúdico grande importância e os colocou como objeto de suas preocupações acadêmicas. Ensinava que a criança só seria “tocada” através da afetividade, do carinho e do elogio. Este artigo visa compreender as idéias e a práxis pedagógica da educadora, também conhecer os princípios e valores adotados por ela, os autores que a influenciaram e o conhecimento que produziu no campo da educação infantil. O trabalho é fruto de investigação cuidadosa e demorada em documentos, jornais, livros, resenhas e revistas e, principalmente, da história oral. ( Artigo publicado na Revista da FAEEBA – Educação e Contemporaneidade, Salvador, v. 18, n. 31, p. 183-193, jan./jun. 2009)

Para ler o artigo completo acesse http://educa.fcc.org.br/pdf/faeeba/v18n31/v18n31a18.pdf

Visite páginas

https://modosdefazer.org/texto-provocacao-jan-2022/Acesse

ttps://modosdefazer.org/exposicao-escolar-janeiro-2022/

Atualmente  o prédio do CMEI Baronesa de Sauipe passa por uma reforma iniciada em dezembro de 2021

Fachada da Escola Baronesa de Sauípe em foto de maio de 2023

Fonte: Acervo da professora Verônica de Jesus Brandão

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Você tem alguma informação sobre a Escola Baronesa de Sauipe? Foi professora? aluna ou aluno? trabalhou na administração da escola ou em serviços de apoio? é pai ou parente de um ex-aluno? Leu notícia de jornais sobre a escola?

Faça contato usando o formulário abaixo ou usando o e-mail modosdefazer22@uol.com.br

Você também pode fazer contato com a Escola Baronesa de Sauípe acessando o instagram @cmeibaronesadesauipe

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